Neste texto, vamos mostrar como é feito o cimento. Você vai conhecer o fluxo de fabricação desde a extração do calcário até a chegada às lojas. Vai entender também cada letra e número de sua nomenclatura. Confira!
Como é feito o cimento
A produção de cimento exige um grande esforço até que o produto chegue às lojas e ao consumidor. Para chegar ao material esperado, é necessário um fluxo de fabricação com a extração de matéria-prima, processos de queima industrial e adições de materiais. Entenda o processo:
O calcário, principal matéria-prima da fabricação do cimento, é extraído da jazida subterrânea ou a céu aberto.
Após a extração, o calcário vai para a britagem, etapa que o reduz às dimensões adequadas ao processamento industrial.
A argila, outro matéria-prima essencial, é extraída de lavras a céu aberto e também passa pelo britador.
No pré-homogeneizador, é feita a preparação dessas matérias-primas. Logo em seguida, no Moinho Cru, elas se transformam em uma farinha, dando início à homogeneização.
A “farinha” vai para a clinquerização, que é a queima. Para isso, ela passa pelo pré-aquecedor e pelo forno – auxiliado pelo moinho de carvão e óleo – até formar o clínquer.
O clínquer é o produto granulado que surge após a queima de calcário misturado com argila e pode receber adições (gesso, pozolana, fíler, calcário e escória).
Das adições é feita a moagem de cimento a partir dos separadores dos componentes minerais.
Os silos de cimento são os locais onde o material, já pronto, é armazenado até deixar a fábrica.
Do próprio silo, o cimento já sai para o ensacamento.
Com os sacos prontos, o cimento é então comercializado.
Nomenclatura
O cimento é um produto da construção civil que tem variações e tipos. Para facilitar esse entendimento, sua nomenclatura é formada por meio de suas características:
A. CIMENTO TIPO PORTLAND
O – CP – DA NOMENCLATURA NADA MAIS É QUE AS INICIAIS DE CIMENTO PORTLAND NO NOME COMPLETO DO MATERIAL.
B. TIPO DE CIMENTO
A numeração que aparece logo após o CP diz respeito ao tipo de cimento e pode ser:
I – Portland Comum
II – Portland Composto
III – Alto-Forno
IV – Pozolânico
V – Alta Resistência Inicial (ARI)
C. ADIÇÃO
O cimento pode ter adições que variam conforme sua utilidade. As adições são feitas para aprimorar a propriedade específica do material, por diminuição do consumo energético ou para aproveitar resíduos poluidores e preservar jazidas. Na nomenclatura, a identificação das adições aparece logo após o tipo de cimento em questão, representada por uma letra que pode significar:
E – Escória de Alto-Forno
F – Fíler
Z – Material Pozolânico
D. RESISTÊNCIA
O número que aparece por último, fechando a nomenclatura, mostra qual resistência de compressão mínima (expressa em megapascal MPa) que o cimento deve ter aos 28 dias.
Isto é, a capacidade do cimento de resistir a forças de compressão quando pressionado lateralmente. A resistência pode ser:
25 MPa – que corresponde a 250 kg/cm²
32 MPa – que corresponde a 320 kg/cm²
40 MPa – que corresponde a 400 kg/cm²
No mercado
Quando ensacado e já exposto para venda no mercado, o cimento terá sua nomenclatura associada a um tipo de uso. Por exemplo, CPII-E-32 é o Cimento Portland Composto com adição de escória e resistência 32. É indicado para aplicação em fundações, pisos e contrapisos, pilares, vigas e lajes, argamassa de assentamento e revestimentos. Um outro exemplo é o CPII-F-32, um cimento versátil, de secagem rápida e ideal, por exemplo, para aplicação em lajes, vigas, pilares, chapisco e artefatos de concreto.
Agora que você já sabe como é feito o cimento, como ler suas composições na nomenclatura e qual aplicação de cada variação, vai ficar mais fácil escolher o tipo ideal para sua obra.
Fonte: https://cimentomaua.com.br/blog